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domingo, 25 de julho de 2010

As diversas “escolas” de uso do captador do meio dependem diretamente dos outros captadores. Vamos falar dessas “escolas”:

1- a escola Steve Vai: é o velho H-S-H. O single no meio em geral é um single real e não um humbucker em tamanho single. Esse grupo não usa o captador do meio sozinho – eles sempre usam o do meio junto com algum outro. Eles usam um single real no meio por preferirem a fiação que liga apenas uma das bobinas dos humbuckers junto com o single do meio. Os captadores são arranjados de forma que o single e a bobina que é ativada do humbucker fiquem em paralelo e RW/RP uma em relação à outra. Isso oferece um timbre sem ruídos, limpo e nítido, mais adequado a dedilhados limpos e acordes. Nessa fiação, a única posição da chave que gera hum é o single sozinho. Resumindo: na escola Steve Vai, o single do meio serve pra oferecer um timbre mais limpo a uma guitarra que geralmente tem humbuckers de ganho muito alto nas pontas. É nítida a diferença de volume quando o single do meio é acionado. Isso acontece pela diferença de ganho entre o single e os outros dois captadores. Mas isso é realmente a intenção.


Há pessoas que usam um stack ou humbucker em tamanho single de baixo ganho no meio. Eles preferem misturar os timbres, sem cancelar bobinas. Aqui também o intuito é ter timbres limpos mesmo tendo captadores de ganho alto nas pontas.

2- A escola Juninho Afram: é um H-H-H. Usei o Juninho como referência por saber que ele usa captadores de ganho alto no meio. Essa escola não quer saber de timbres limpos na guitarra. É pancada em todas as posições – exceto nas posições intermediárias, quando os captadores ficam em paralelo, ou seja: o ganho dos dois é somado e dividido por dois. Mesmo assim não há um timbre verdadeiramente limpo (no sentido de cristalino Fender) na guitarra, a não ser que haja algum push-pull pra cancelar bobinas. A intenção no H-H-H é não haver muita diferença de ganho entre os captadores. Alguns instrumentos H-H-H notáveis: a Les Paul Peter Frampton, Les Paul Ace Frehley e a lindíssima PRS Chris Henderson;

3- A escola dos timbres magros: representados por estilos muito diversos como funk, country, pop e o diabo a quatro. Em geral são 3 captadores de ganho baixo (singles reais, stack ou humbuckers em tamanho single de baixo ganho). Eles misturam os captadores com o real intuito de obterem timbres mais magros, ocos, de ganho baixo e com o velho “quack” tipo Fender. Ouça o Mark Knopfler, Nile Rogers e John Frusciante e vocês vão entender.


4- A escola SRV: pra quem não sabe, a chave de 5 posições é “novidade”. Ela só surgiu em 1977. Até então, só havia 3 posições na strato. Alguns blueseiros usavam e usam muito o captador do meio sozinho. Eric Clapton usa às vezes. Buddy Guy também. Uma informação pra quem não sabe: o riff de Pride and Joy é pra ser tocado com o captador do meio. Por isso eu chamei de “escola SRV”;

5- A escola Blackmore: Malmsteen também é dessa escola. Observem fotos ampliadas do Malmsteen e do Ritchie e percebam que eles afastam o captador do meio das cordas. Pros caras dessa escola o captador do meio não serve pra nada. Eles usam só os das pontas. Bem, quase todas as Gibson também só têm 2 captadores, o que os coloca nesse time. Os imãs expostos do captador da strato são de alnico V, que têm uma atração magnética relativamente forte. Pense comigo: um dos fatores que atrapalha o sustain da strato é que ela tem 3 pólos de alnico jogando força em cada corda, atrapalhando o sustain. Se você elimina o captador do meio, você tem mais sustain na guitarra. Outro argumento dos que não usam captador do meio é que a palheta fica raspando nos pólos do captador.

Pronto, eis as possibilidades. Qual é a sua necessidade? Timbres magros pra funk? Você usa captadores de ganho alto e quer ter um timbre um pouco mais limpo sem trocar de guitarra? Está insatisfeito com a diferença de volumes entre os captadores?

Você só precisa se perguntar algumas coisas. Imagine que você tem um par de Evolution na sua guitarra. Você tem certeza que precisa mesmo de um terceiro captador de ganho alto? Pergunto isso por já ter usado captadores de ganho alto no meio. Olha, você acha mesmo que há uma grande diferença entre o som de um Litlle 59 no braço e no meio? Eu não uso mais captador no meio. Sou da escola Blackmore de carteirinha. Eu só coloco captador do meio na guitarra se for pra ter um timbre realmente diferente. Portanto, de todas as escolas, a H-H-H é a que faz menos sentido pra mim. Mas lembre-se: isso é questão pessoal e você deve ir atrás do seu timbre.

Você tem humbuckers de ganho alto q quer ter um timbre limpo digno na gutiarra? Você pode colocar algum single verdadeiro no meio e fazer a fiação que cancela uma bobina de cada humbucker da ponte. Pra isso você precisa ter certeza que vai comprar um single que seja RW/RP em relação aos humbuckers e pedir pro seu luthier fazer a fiação. Pra isso você tem toda a linha de singles reais dos fabricantes: os Duncan Five-Two, Vintage Staggered, Alnico II Pro, um caminhão de Fender, os Rosar True Vintage e Vintage Hot. Esses são os mesmos que você deve experimentar se quiser os timbres pra country, blues, pop ou funk. Há muitos modelos disponíveis.

Outra possibilidade é colocar um bom stack ou humbucker em tamanho single de ganho baixo e instalar o captador sem arranjos especiais na fiação. Aí nos temos Duncan Duckbucker, STK-S1, STK-S4, Dimarizio Virtual Vintage e a linha Área, Cruiser, os ótimos stacks da Tom Anderson ou os Rosar Strat Tone.

Se você tem humbuckers de ganho alto e quer um captador no meio de ganho alto, experimente o JB Jr. neck, Litlle 59 neck, Cool Rails neck, Fast Track 1, Rosar King Mid neck, Extreme Hot neck, Screaming Distortion ou Twin Vintage neck. É também um caminhão de alternativas.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Razões para uma troca de trastes.

 
 A troca de trastes é uma tarefa que quase todas as guitarras terão de passar algum dia. Excepto se estiverem guardadas no saco toda a vida ou sejam usadas com um mero acessório ornamental.
Quase todos os guitarristas que tocam com regularidade já viram que se vão criando pequenos sulcos nos trastes por causa de anos e anos de treino. E os mais inexperientes certamente ter-se-ão perguntado: Quando os trastes estiverem tão gastos que é impossível tocar, terei de comprar uma guitarra nova?
Graças a Deus que não.
Embora não seja um serviço económico, uma troca de trastes é algo corrente. Não é preciso alarmismos. Contudo, recomendamos que seja feito por um excelente profissional. A acção das cordas pode ficar seriamente comprometida se o serviço não for bem efectuado.
Agora podem-se perguntar…Quando preciso de trocar os meus trastes? Estas são algumas das razões:
   1º Após sucessivos nivelamentos a guitarra pode ficar com trastes tão baixos que se torna incómoda de tocar, sendo inevitável a troca dos mesmos.
   2º Um acidente. Não é incomum ter de trocar alguns trastes depois de um acidente, que após uma queda ou um golpe tenham ficado marcados, tortos, ou até mesmo saído da escala.
   3º Gostos pessoais. Assim como há pessoas que gostam de trastes finos, outras gostam deles grossos, ou chamados Jumbo XL. Dentro do Rock costuma-se usar muito este género de trastes.  Temos uma boa variedade de trastes à escolha, para que possamos satisfazer as exigências dos nossos clientes. Agora me pergunto, se a troca de trastes resolve o problema, porque não o fazer?
   4º Braços tortos e empenados. Não há dúvida que para resolver estes problemas temos de retirar os trastes, alisar a madeira da escala e voltar a refretar a guitarra.
   5º Escalopado: É quase uma regra ter de trocar os trastes após um escalopado ao braço inteiro. Isto deve-se a duas razões: Normalmente o braço cede um bocadinho ao retirar madeira, e torna-se obrigatório ter que o endireitar. Para além disso, é frequente danificar algum traste durante o processo.
   6º Ajustar o rádio da escala. Existem guitarra Vintage (ou reedições) que possuem uma curvatura na escala muito baixa. Ficando assim bastante arredondada. Isto é excelente para tocar acordes, mas na hora de fazer um Bending torna-se um caos. A solução é reduzir a curvatura colocando o braço mais plano.
Atenção: Tenham em conta que no vosso caso pode não ser necessário trocar de trastes. Analisem a profundidade de cada sulco, e se acharem que ainda tem muito traste por romper, então um nivelamento resolverá o vosso problema.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Boss lança caixinha para turbinar o estudo da guitarra

Chega de solidão. Talvez esta seja a proposta da Boss com o novíssimo eBand JS-8, uma caixinha que promete nunca deixar o guitarrista sozinho. O equipamento é um portátil “tudo em um”, que tem a nobre função de ser o acompanhante ideal de quem fica horas e horas tocando no quarto, permitindo um upgrade nos estudos musicais. Indicado para iniciantes – ou para os que já dominam um instrumento –, o eBand possibilita ler músicas no formato MP3, ou WAV, com o recurso de alteração do andamento. Sendo assim, se o trecho do solo de uma música está rápido demais, por que não diminuir a velocidade para facilitar o aprendizado? O recurso está longe de ser novo, mas ajuda, e muito, quem está debutando nas seis cordas a entender a pegada de outros músicos.
Mas o que torna a engenhoca interessante são as funcionalidades de cancelamento de voz e de gravação de áudio. Ou seja, além de “tirar” a voz de uma determinada canção, o eBand faz com que suas passagens musicais, tocadas diretamente nele, sejam registradas em um cartão de memória SDHC de 1GB, que vem incluso (expansível até 32GB). Possui, ainda, afinador embutido, pré-amp com a tecnologia COSM (Composite Object Sound Modeling), 100 efeitos internos da Boss, entrada para guitarra e microfone, bem como altofalantes internos (assista ao VÍDEO abaixo). O produto é ligado ao computador via porta USB, viabilizando exportar e importar arquivos de áudio. E o melhor, vem com 300 loops internos para estudo. Ah, se houvesse um desses no meu tempo de menino!




sábado, 23 de janeiro de 2010





Pedais... complicação?

Existe uma variedade considerada de efeitos distribuidos nos seguimentos: ganho (distorção, drives), modulação (chorus, flanger, phaser, rotary, vibrato), tonalidade (equalizer, wah-wah, envelop), dinâmicos (sustainer), filtros (noise filter), etc.

Para um guitarrista, é muito divertido tirar timbres, testar possibilidades, usando pedais analógicos, as famosas caixinhas coloridas. Não desmerecendo o valor e atributos das pedaleiras, mas o som analógico é incomparável. Existem algumas inconveniências, é verdade. Cabos, ligações, peso, transporte, alimentação, mal-contato... Mas tudo pode ser resolvido.

É muito comum haver dúvidas sobre como montar um set up de pedais compactos, principalmente na ordem da ligação. Primeiro de tudo, vamos falar de acessórios.


Cabos de conexão


Não economize em cabinhos de plugar um pedal no outro. Se você optou em usar pedais compactos, faça a coisa certa e invista em cabinhos de qualidade. Se precisar cabos com medidas especiais, mande alguém que entenda disso fazer os cabos pra você utilizando o melhor cabo e os melhores plugs. Aqueles cabinhos vagabundos (baratos), dão chiado, roubam sinal, dão mal contato, e o pior: quando você mais precisa, eles pifam, te deixam na mão. Torça para não ser bem na hora do solo...


Alimentação


Fique sempre atento ao consumo de cada pedal. Uma única fonte de 200mA pode não dar conta de alimentar vários pedais, só porque tem vários conectores. Veja sempre o consumo de cada pedal. Por exemplo, um DISTORTION consome muito menos que um DELAY ou um Wah-Wah. Se você usa tipo 4 pedais, ótimo, uma fonte só pode dar conta. Mas com 5 ou mais pedais, é muito importante você ter um pedal POWER SUPPLIER como os modelos da BOSS, LS2 (Line Selector), TU2 (Chromatic Tuner) ou NS2 (Noise Supressor). Esses pedais recebem a energia da fonte e distribuem para os demais. A diferença é que além dessa função, eles tem funções específicas. O TU2 é um afinador em forma de pedal. O LS2 divide o sinal possibilitando você ter 2 set ups e escolher qual usar. O NS2 é um eliminador de ruídos de captação, sinal. Indico o NS2, mas não pensa que ele fará milagre com todos os ruidos indesejáveis. Mesmo usando um desses pedais alimentados, eu recomendo deixar o WahWah fora dessa cadeia de energia e dedicar uma fonte só para ele.

Se for usar uma régua de energia (tipo extensão) que seja uma de metal, de boa qualidade para agüentar duas fontes e um monte de pedais!


É muito provável que vocês encontrem o mesmo exemplo pedal em dois efeitos diferentes, pois existem pedais com mais de um efeito (sem ser pedaleira). Por exemplo, o Ibanez CF-7, tem chorus e flanger na mesma unidade, então ele vai aparecer na lista de exemplos de chorus e depois na lista de exemplos do flanger.


Grupo dos efeitos DINÂMICOS


Resumidamente esse grupo é composto dos efeitos que controlam a amplitude (volume) do sinal. Nesse grupo estão inclusos os efeitos: Compressor, Limiter e outros efeitos menos usuais como Slow Gear. Como se trata de dinâmica o Pedal de Volume poderia se encaixar nesse grupo, mas como eu vou explicá-lo comparando com o pedal de Expressão resolvi encaixa-lo em outros.

COMPRESSOR
/ LIMITER / SUSTAINER:


O Compressor foi criado para controlar os picos de sinais e sinais baixos dando a ambos a mesma amplitude (volume) em gravações profissionais. Os sinais elevados são reduzidos e os baixos são elevados, gerando um som com menos variação de dinâmica, mais constante e com mais sustain.
Pode também ser usado como Boost de pré ou de pós em Distorções e Drives, saturando mais o efeito no caso de pré ou aumentando o volume no caso de pós.
Na mesma onda do compressor, o Limiter atenua os picos de freqüência e antecipa a sobrecarga do som. Faz uma parte daquilo que o Compressor faz, porém atua somente nos picos do sinal, alterando o ganho de entrada para manter um nível fixo.
Já o Sustainer, comparado ao Limiter, faz a outra parte do trabalho de um Compressor, ou seja, amplifica o sinal fraco gerando maior sustentação.

Os botões de regulagens que geralmente compõem essas unidades são:


Level – controla o volume do sinal processado;
Tone – corta ou adiciona freqüências agudas e médias-agudas;
Attack – controla o tempo de ação da compressão.

Exemplos:


Anatone Time Stopper
Barber Tone Press Compressor
Boss CS-1 Compression Sustainer
Boss CS-2 Compression Sustainer
Boss CS-3 Compression Sustainer
Dalenectro Surf & Turf
Digitech Main Squeeze
DOD FX-15 Swell
Electro-Harmonix Black Finger Tube Compressor
Guyatone ST2 Compressor / Sustainer
Ibanez CP-5 Compressor
Keeley Compressor
Line 6 FM-4 Filter Modeler
Line6 Constrictor Compressor
MXR Limiter
MXR Dyna-Comp Compressor
Onerr Titanium Compressor
Prescription Electronics Experience Fuzz Octave Swell Pedal
Retrospec The Squeeze Box Compressor
Rocktron Surf Tremolo/Compressor
Rocktron Big Crush
Ross Compressor
Way Huge Saffron Squeeze Compressor



OUTROS EFEITOS


Resumindo, para falarmos de efeitos, levaria muito tempo, pois o assunto é muito vasto, principalmente se tratarmos desde como usa-los até entrar em detalhes mais profundos como o circuito como atua cada componente eletrônico do circuito, etc. Bom, fiz uma divisão em grupos onde encaixei alguns efeitos, mas nem todos se encaixaram nesses grupos, então eu os colocarei nesse grupo chamado outros e isso não quer dizer que esses efeitos tenham sua importância depreciada, mas ao contrário são muito importantes e vou tentar descrever seu funcionamento. NOISE GATE / NOISE SUPRESSOR: A qualidade do seu som é diretamente proporcional à qualidade dos equipamentos que você está usando o que estão inclusos os captadores, cabos, pedais, fonte dos pedais, amplificador e até a tensão das tomadas. Dependendo do efeito, por exemplo, efeitos de ganho e compressores, que você estiver usando, um “hum” ou qualquer tipo de perturbação sonora (ruído) poderá ser ouvido prejudicando a qualidade da sua gravação ou apresentação ao vivo. Se o som principal for relativamente mais alto do que esse ruído poderá ser mascarado e praticamente não será notado. Porém nem sempre isso acontece... Aí entra a necessidade de se adquirir um pedal Noise. Mas qual Noise??? O Noise Gate ou o Noise Supressor???

Os Noise Gates atenuam o sinal quando sua amplitude cai. O noise gate é regulado pra liberar a passagem de som somente a partir de certos decibéis, ou seja, se você para de tocar e não diminui o volume da guitarra, ele corta o som, dando um "mute". Mas na hora que você tocar, ele vai liberar a passagem de todo o som, inclusive os ruídos. No encadeamento ele é colocado em linha com os outros pedais. Em algumas aplicações esse método não é muito útil, uma vez que a transição “liga/desliga” é drástica, e soa muito pouco natural.
O Noise Supressor atua como um filtro e com isso, ele elimina somente os ruídos que esses pedais criam, deixando somente o sinal de a guitarra passar. Deve-se tomar cuidado, pois dependendo da regulagem ele pode cortar as pontas dos agudos, e causar perda de harmônicos. No encadeamento, o Noise Supressor não é ligado em linha como o Noise Gate, ele tem o SEND e RETURN e assim ligado ele estará continuamente filtrando o sinal evitando eventuais ruídos.

Exemplos:
Ebtech 2 Channel Hum Eliminator
Rocktron Hush Pedal
Boss NS-2 Noise Suppressor / Loop / Power Supply
DOD FX-30B Noise Gate / Loop
MXR Noise Gate / Line Driver

PEDAL DE VOLUME / PEDAL DE EXPRESSÃO:
Pra começar, não são os mesmos, não fazem a mesma coisa, um não pode fazer a função do outro (a menos que você tenha uma unidade que faça ambas funções como o Ernie Ball Stereo 25k Volume / Expression Pedal).
Embora esses pedais sejam de fácil entendimento e de fácil aplicação, tem gente que faz uma confusão gigantesca com esses pedais.
O Pedal de Volume atua como abaixador de volume e o volume máximo que você consegue atingir com ele é volume normal de como se esse pedal estivesse desligado. Mas isso é útil? Sim! Na hora de um solo alguns guitarristas usam um Boost ligado depois das distorções, o que é legal, mas e se ele quisesse abaixar o volume desse mesmo som? Abaixaria na guitarra? Na guitarra não pode porque ele vai perder a saturação nos pedais de ganho (vão distorcer menos) e isso não pode acontecer. É exatamente aí que entra o Pedal de Volume.
No encadeamento o Pedal de volume deverá ser ligado sempre depois dos pedais de ganho/saturação (Distorção/Drive/Fuzz), pois se for ligado antes, como comentei acima o pedal de ganho perderá saturação. Ligado depois, o volume será controlado sem perder a saturação.


PS. Existem hoje alguns pedais de volume High Gain que aumentam o volume além da amplitude original.


O Pedal de Expressão é uma unidade que sozinha ela não faz absolutamente nada! O pedal de expressão precisa e um outro pedal para poder ter uma função. Por exemplo, o Line6 POD XT (não a Live) não tem nenhum pedal e todos os comandos são manuais. No caso de um desempenho ao vivo, a POD XT tem uma entrada para um pedal de expressão e nesse pedal de expressão você pode regular, para controlar com ele, o ganho/saturação da distorção, o volume de saída do som, o wah-wah (é você pode regular o pedal de expressão para virar um wah-wah) e enfim, todo e qualquer parâmetro que a POD XT permitir controlar pode ser controlado pelo pedal de expressão.


Em pedaleiras, todas que tenham um foot de controle contínuo, esse foot é um pedal de expressão. Numa Digitech RP-300A, o pedal de expressão pode controlar praticamente todos os parâmetros dos efeitos de Modulação (resumidamente Rate, Depth e Regen), dos efeitos de Ganho (nesse caso o principal é o parâmetro Gain que controla a quantidade de distorção) além de Wah-wah, Whammy, Volume, etc, isso tudo em tempo real.

Exemplos:
Boss FV-500H Mono Volume Pedal
Boss FV-500L Stereo Volume Pedal
Boss FV-50H Stereo Volume Pedal
Boss FV-50L Stereo Volume Pedal
DOD FX-17 Wah Volume
Dunlop High Gain Volume Pedal
Dunlop TVP-1 Tremolo Volume
Ernie Ball 6165 Stereo Volume/Pan Pedal
Ernie Ball 6166 Mono Volume Pedal
Ernie Ball Stereo 25k Volume / Expression Pedal
Goodrich Model 120 Volume Pedal
Goodrich Model 120 Volume Pedal
Line 6 EX-1 Expression Pedal
Morley Little Alligator Volume Pedal
Morley PDW-II Distortion / Wah / Volume
Morley PVO Volume Pedal
Onerr MV500
Roland FV-300H Volume Pedal
ShoBud Volume

SYNTH (SINTETIZADOR):
Essas unidades simplesmente emulam sons de outros instrumentos. Por exemplo, num Roland GR-20 pode-se “tirar” um som de violino, ou piano, ou trompete e até efeitos como vento, mar, percussão, enfim como se fosse um teclado.
Em unidades mais simples de sintetizador o efeito que se tem é somente um som eletrônico desses usados em músicas techno. Em outros se tem só uns efeitos mais doidos que eu classifico como indefinido e que são usados somente em aplicações muito específicas.

Exemplos:
Boss SYB-3 Bass Synthesizer
Digitech XP-300 Space Station
Electro-Harmonix Guitar Micro Synthesizer
Line 6 FM-4 Filter Modeler
Roland GR-1 Guitar Synth
Roland GR-30 Guitar Synth
Roland GR-700 Guitar Synth
Roland VG-8 Guitar Synth / Amp Modeler / Multi-FX


SAMPLER / LOOPER:
São pedais que gravam por um determinado um frase que está sendo tocada e depois ficam reproduzindo-as indefinidamente. Essas unidades em muitos casos são acompanhadas do efeito Delay.

Exemplos:
Akai E1 Headrush Delay Echo Looper
Boomerang Phrase Sampler / Looper
Boss DSD-2 Sampler Delay
Digitech PDS-8000 Echo Plus Delay Sampler
Digitech XDD Digidelay Delay
DOD DFX-94 Digital Delay / Sampler
Electro-Harmonix 16 Second Delay


SWITCHES (CHAVES):
Esse não é um pedal de efeito e sim um pedal que atua junto com outros pedais de efeitos (e amplis) ligando e desligando os efeitos. Resumidamente os Switches não passam de liga/desliga. Algumas unidades além de liga/desliga podem ser usadas para direcionar para onde o sinal vai, que é o caso dos A/B Box e A/B/Y Box. Ou ainda numa mesma unidade pode ter mais de um liga/desliga que é o caso do Looper que tem um on/off (liga/desliga) para cada loop da unidade.

Exemplos:
- A/B:
Boss LS-2 Line Selector / Loop / Power Supply
DOD 270 A/B Box
DOD FX-30B Noise Gate / Loop
Morley A/B/Y Switch Box
Whirlwind A/B Selector

- A/B/Y
Morley A/B/Y Switch Box
Whirlwind A/B Selector

- Looper:
Boss LS-2 Line Selector / Loop / Power Supply
Boss NS-2 Noise Suppressor / Loop / Power Supply
Boss PSM-5 Power Supply / Loop
DOD FX-30B Noise Gate / Loop
Loooper Custom Looper

- On/Off:
Boss FS-5L Latching Footswitch
Vox VFS2 Footswitch
E todos os de amplificadores


AFINADORES:
Bom essa é fácil, com esse equipamento você afina cada corda do seu instrumento de acordo com a freqüência que cada corda gera. O afinador só indica em qual freqüência está (e logicamente irá mostrar qual nota é referente a essa freqüência). Como em qualquer modalidade de equipamentos sempre existem alguns modelos com alguns recursos a mais e com os afinadores não seria diferente. Algumas unidades afinam a guitarra sozinha, outro afinador manda uma luz sobre a corda tocada e “detecta” qual corda é e em qual freqüência está, etc.
Os modelos mais usados são os afinadores de mão e os em formato de pedal.

Exemplos:
Arion HU-8500 / 8550 Stage Tuner
Boss TU-12 Chromatic Tuner
Boss TU-12H Chromatic Tuner
Boss TU-2 Chromatic Tuner / Power Supply
Korg DT-1 Digital Tuner
Korg DT-10 Digital Pedal Tuner


CONTROLLERS:
São unidades que, assim como o Pedal de Expressão, não possuem nenhum efeito, esses somente controlam efeitos originados em outras unidades de efeito.

Exemplos:
ADA MPC Midi Foot Controller
Big Briar EP-1 Expression Pedal
Boss FC-50 Midi Foot Controller
Custom Audio Electronics RS-10 Midi Foot Controller
Digital Music Corp GCX Ground Control
Digitech Whammy IV
Dunlop Uni-Vibe / Wah Controller Pedal
Gibson EFC-7 Echoplex Digital Pro Foot Controller
Korg Midi Footswitch Controller
Lexicon MPX R1 Midi Foot Controller
Line 6 FB-4 Foot Controller
Line 6 FBV Foot Controller
Mesa/Boogie Abacus Midi Foot Controller
Oberheim Echoplex Digital Pro Foot Controller
Pete Cornish Controller Pedalboard
Pete Cornish Custom Foot Controller
Rockman Midi Foot Controller
Rocktron All Access Midi Foot Controller
Rocktron Midimate Foot Controller
Roland EV-5 Expression Pedal
Roland FC-100 Midi Foot Controller
Roland FC-100 MKII Midi Foot Controller


DIRECT BOX:
Em muitas situações pode ser necessário conectar a guitarra ou o baixo diretamente ao mixer, em vez de microfonar o som do amplificador.
O problema é que ao se conectar uma guitarra ou baixo diretamente à entrada de um mixer o som não fica bom, pois os captadores comuns geralmente produzem um sinal de nível baixo e possuem alta impedância de saída, incompatíveis com as entradas dos mixers, que geralmente possuem impedância relativamente baixa e esperam sinais de nível mais alto.
A incompatibilidade de níveis tende a produzir ruído, pois o pré-amplificador do mixer tem que compensar aumentando o ganho. Já a incompatibilidade de impedâncias, além de também afetar o nível, pode produzir alterar a resposta de freqüências. Por exemplo, ao se conectar uma guitarra diretamente à uma entrada com impedância muito baixa pode não afetar muito o nível, mas causa uma perda na resposta de freqüências altas, deteriorando o som original.
O Direct Box é o cara que resolve essa incompatibilidade.

Exemplos:
Behringer GI100 Ultra-G DI Box
Behringer GDi21 Simulamp / Direct Box
Behringer ULTRA-DI DI400P Passive Direct Box
Behringer ULTRA-DI DI100 Direct Box
ART ARTcessories Zdirect Professional Passive Direct Box
Radial J48 MK2 48V Phantom Power Active Direct Box
Whirlwind Director Deluxe Direct Box
Pro Co DB-1 Direct Box
Nady DB-1 Direct Box
Boss DI-1 Direct Box
MXR M-80 Bass Direct Box with Distortion

OUTROS:
E também o Talk Box, efeito em que a boca do guitarrista é usada como um tipo de “caixa de ressonância”. O som sai de um mini-amplificador que passa por uma mangueira que fica próxima a um microfone e ao aproximar a boca dessa mangueira o que o guitarrista disser o ou formato que ele fizer com a boca, dará uma característica no som.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Porque fazer um Setup a uma guitarra?



1.Cada guitarrista têm diferentes necessidades e expectativas de um instrumento.

Há um ajuste que é universal, independentemente do estilo qual se toca (excepto nas guitarras Slide): a altura das cordas na pestana.
No entanto, todos os outros ajustes são configurados de acordo as necessidades ou gostos do guitarrista. P.e:  A espessura das cordas. Só este pormenor nos obriga a ter que ajustar a pestana e a curvatura do braço. Algumas pessoas querem as cordas coladas aos trastes. Outros não são tão exigentes com esse pormenor. Outras desejam as cordas altas para que os seus bendings não morram ou para ganhar mais sustain.

 2. O clima onde um instrumento é armazenado em geral afecta o setup.

A madeira absorve e liberta humidade. Os braços da guitarra incham e encolhem com as flutuações de humidade. Isso faz com que subtis curvaturas se desenvolvam no braço (por vezes dramáticas mudanças na altura da corda). O cenário ideal é sempre uma guitarra em um lugar onde a humidade relativa esteja perto dos 50% e a temperatura seja os 20º e 25º graus centígrados. Na realidade, raramente o caso. Enquanto um número de fabricantes exigem aos seus distribuidores para armazenar as guitarras num clima controlado, na realidade, nem todos o fazem. Dai, uma guitarra nova necessitar um setup. Para além do mais, nos nossos lares é dificil conseguimos manter as condições ideiais sem gastarmos algum dinheiro. Atenção: Nunca manter uma guitarra ao lado de um radiador ou outra fonte de calor.

3. As fábricas hoje em dia fazem uma guitarra em questão de horas.

Os ajustes precisos para um Set-Up podem demorar mais de uma hora num técnico. Os grandes fabricantes simplesmente não podem dedicar esse tempo para calibrar uma guitarra. Sem mencionar o facto de que um bom Set-Up pode ser feito por um técnico fora da fábrica, que de certeza o fará melhor.

  
4. Algumas guitarras não precisam de um Set-Up completo, apenas um ajuste.

Dai que não devemos afligirnos a querer mexer em tudo. Às vezes numa simples questão de minutos conseguimos resolver o nosso problema.
Todas as razões acima contribuem para o facto de que uma  guitarra necessite de ser calibrada. Mas não se desespere, fazer um Setup a uma guitarra é apenas um facto incontornável da vida de um instrumento de cordas.

Um tom mais limpo


 Entre os milhões de utilizadores de amplificadores Fender há sempre uma diversidade de gostos. Mas o desejo de customizar um amplificador quase sempre se destina a 4 propósitos: Conseguir mais ganho, Ter um som mais limpo, Obter mais potencia, ou retirá-la.
 Hoje vamos falar em como conseguir um som mais limpo no vosso amplificador Fender (é possível noutros amplificadores, mas foi nos Fender que nós experimentamos). Este tipo de alteração é fácil e consiste em apenas trocar uma válvula com menos ganho como primeira válvula do canal que estamos a utilizar. No caso dos antigos Fender (e reedições), quase toda a gente utiliza o segundo canal, onde se encontram os efeitos, basta trocar a segunda válvula do preamplificador.
 Temos várias opções. Fender na época Tweed utilizava uma 12AY7 nessa posição. Essa válvula tem menos ganho do que a 7025/12AX7. Contudo, tem um excelente tom. Também podemos tentar com a 12AT7, ou inclusive com a 12AU7 se deseja um som mesmo limpo e com menos ganho. Esta última é muito utilizada por guitarristas Jazz que usam guitarras com Humbuckers.
 Com isto, nem é necessário trocar de amplificador para conseguir novas sonoridades.

Guia para Escolher um Pickup Humbucker


  
Boas. Eu quero mudar os Pickups da minha guitarra, mas não tem quais colocar.

Esta é uma pergunta muito típica. No mercado existem muitos modelos diferentes de captadores que se possam instalar numa guitarra. E a única opção fiável é comprar e testá-los, para ver se é isso que realmente se procura. Às vezes podemos ser guiados pela escolha feita por um conhecido ou por outras referências que lemos em revistas, ou apenas tentando imitar o som do nosso guitarrista favorito, usando os mesmos Pickups.
Todas elas são opções válidas, mas não se compara com a experimentação de outros produtos (como no caso de uma guitarra ou de um amplificador, em que podemos ir a loja e experimentar à vontade)
Com este pequeno guia vamos tentar apresentar alguns dos Pickups mais utilizados em modificações de guitarras, e suas principais características de som:

SAYMOUR DUNCAM:
Para mim, Seymour Duncan é o fabricante de Pickups mais serio e com maior variedade de produtos no mercado. Há pequenos fabricantes, que podem superar a Seymour Duncan na qualidade, mas em geral os Pickups Seymour Duncan mostram o seu merecido prestígio. A prova disto é que grandes marcas de guitarra usam os Pickups Seymour Duncan nos seus produtos de topo.
Outra vantagem é que quase todos os modelos se encontram adaptados para a versão de ponte Flutuante (Floyd Rose) ou em Mini-Humbucker. Por exemplo, se você quiser instalar um captador Seymour Duncan JB numa guitarra com “Floyd Rose” não tem mais do que pedir um JB Trembucker. Outros modelos Trembucker disponíveis são os ‘59, Custom Duncan ou o Screamin’Demon.
Os modelos de ‘59, Jazz e JB também estão disponíveis com tampa prata níquel, feita com os mesmos materiais que foram utilizados nos anos cinquenta.

The ‘59 (Alnico 5). Soa exactamente como os P.U que a Gibson produziu nos finais dos anos 50(PAF). Um tom quente, macio e com sustain. Uma cópia mais do que digna de um som mais do que clássico. É uma escolha perfeita para guitarras tipo Les Paul e SG e para guitarristas que procuram esse clássico som vintage.

Pearly Gates (Alnico 2). Os primeiros captadores Pearly Gates foram especialmente fabricados para
guitarras Gibson Les Paul Standard de 59 anos e não há dúvida de que ajudaram a definir o som Texas blues da época: bruto e rebelde. É o som de Billy Gibbons do ZZ Top. Este Pickup é baseado no PAF clássico, mas seu som é mais áspero, com mais sustain e um toque de brilho extra para ser mais fácil tocar uns harmónicos.
O JB (Alnico 5). Esta é uma peça de design actual com um som muito rock. Tem uma saída de nível médio/alto e um grande número de harmónicos; com as medidas exactas para um bom sustain e distorção. Não é o Pickups com mais distorção do extenso catálogo de Seymour Duncan, mas
directamente ligado a um velho Marshall (tipo 100-Watt Super Lead) tem um som de morte. O seu lugar é na posição de ponte. Eu próprio tenho um destes Pickups numa das minhas guitarras. O seu som é muito equilibrado e os graves e agudos são muito nítidos. Seymour Duncan recomenda uma combinação de um JB na ponte com um Jazz no braço.
Existe um modelo especial para Stratocaster chamado JB Jr. É um Mini-Humbucker, para que ele possa ser instalado sem modificações num tipo de guitarra Strat. Os ímãs deste modelo são cerâmicos.

Duncan Custom (cerâmico). Outro grande Pickup da SD. O Custom Duncan não são mais do que um PAF com som melhorado, resultando num Pickup com muita força, muito acentuado e perfeitamente equilibrado em termos de nível de saída, sustain e distorção. Ele tem uma grande resposta nos meios e muita qualidade em frequências altas. Este é um Pickup ideal para tocar com amplificadores como os Marshall. Seu par perfeito para uma Les Paul é um S.D Jazz. Combinação explosiva!
O Jazz (Alnico 5). Este Pickup foi projectado especialmente para a guitarra jazz, que tem necessidade de um tom claro e preciso, mesmo em execução muito rápida. O seu som é brilhante e com um nível de saída ligeiramente inferior ao JB, mas a montagem na zona do braço compensa a diferença de nível de saída.
Screamin ‘Demon (Alnico 5). Este Pickups foi projectado na Seymour Duncan Custom Shop especialmente para o guitarrista George Lynch. Está baseado num clássico PAF. Tem o som potente e aberto do modelo ‘59, mas com um pouco menos de agudos e mais corpo. O tom é poderoso, percussivo e com um toque brilhante, sem ser demasiado áspero nem de mau gosto. Existe também uma versão para guitarras tipo Strat com um tamanho menor. Os ímãs são de cerâmica (como no JB Jr)

The Invader (cerâmico). Este Pickup foi projectado para guitarristas que procuram um nível muito alto de saída. É construído com três imãs cerâmicos (o normal é dois). Em adição, as bobinas têm mais voltas do que o habitual e tem doze parafusos de potência ajustável para mais precisão no equilíbrio geral do som do captador. O som é poderoso e, obviamente, encorpado. Os agudos brilham pela sua ausência… Electricidade em seu estado mais puro!
Mini-humbucker (Alnico 5). Os mini-humbuckers começaram com as Gibson Les Paul Deluxe nos finais dos anos sessenta, tentando encontrar um som mais nítido e definido. Além disso o modelo pode ser encontrado no Firebird. Estes são humbuckers com um nível de saída muito mais baixo do que as PAF, mas com melhor resolução na gama dos agudos. Seymour Duncan faz três diferentes versões deste Pickup: a Vintage (reprodução do original), o Custom (nesta versão são ímãs de cerâmica, o som é mais áspero e poderoso) e Seymourized (O design deste está entre os Vintage e Custom, os ímãs são de Alnico 5 e o tom é mais rico em médios do que na Vintage)

Little ‘59 (cerâmico). Existem duas versões deste Pickup: Um com formato Stratocaster e outro para o tipo Telecaster. Como o próprio nome sugere, são as versões do clássico Humbucker ‘59 (PAF), mas fabricados numa cápsula pequena para ter o tamanho de um Single Coil.

DIMARZIO:
Este é outro dos principais fabricantes americanos de Pickups. Eles têm produtos muito bons, mas no geral eu prefiro o catálogo Seymour Duncan. DiMarzio tem-se especializado em Pickups com um sinal de saída forte. E o seu som tem sido associado desde o início com a guitarra heavy metal, thrash e fusion.
DiMarzio também tem modelos especiais para usar com Floyd-Rose (a distância entre os pólos é um pouco maior do que o normal).

PAF. Som Vintage clássico com graves quentes e agudos potentes. A construção actual destes Pickups evita as microfonias típicas dos Pickups antigos, mas sem mudar o som clássico.

PAF PRO. Este Pickup é baseado no PAF, mas com um maior nível de saída, mais presença e clareza. É um captador com uma grande transparecia de som, e muito sustain. Tem muito corpo e destaca a resposta nos médios.
DLX Plus. Esse Pickup é um P90 de bobina dupla, com mais potência e muita mais saída do que um P90 clássico. Pode ser usado em qualquer guitarra que use P90’s ou inclusive
em guitarras com mini-humbuckers como a Gibson Les Paul Deluxe. O som do Plus DLX é muito Rocker e me lembra muito o som do Seymour Duncan JB. Uma óptima escolha.
FRED. Baseado no PAF Pro, mas com mais ganho, mais médios e mais harmónicos. Este é o Pickup favorito de Joe Satriani. O seu tom espesso o faz ideal para preencher o som global de uma banda. O Pickup FRED é muito sensível ao ataque da palheta, dando ao guitarrista uma vasta gama de possibilidades em termos de sons.

Super Distortion. De acordo com o catálogo DiMarzio este é o pioneiro nos Pickups de ganho elevado. No seu tempo foi criado para mais facilmente saturar um amplificador de válvulas. O seu som é sólido e forte ajuda a atingir uma saturação suave, quente, muito musical. A sua resposta de frequência é bastante clássica.
X2N. Um canhão. Este é o modelo com o nível de saída mais forte da DiMarzio. Ideal para Heavy Metal. É o Pickup que Steve Vai usou quando tocou com Frank Zappa. Ele tem uma grande resposta em todas as gamas de frequências. Um Pickup demolidor!

GIBSON:
Sobre estes Pickups temos pouco a dizer, porque todos sabem que eles são os pioneiros dos Humbuckers e os P90’s. Desde os anos 50 que Gibson tem produzido Pickups. Pode-se dizer que se mistura com a história do Rock.

‘57 Classic. Este Pickup é uma réplica exacta aos que a Gibson produziu na década de cinquenta. A tonalidade desse captador é suave e quente, com uma boa resposta em toda a gama de frequências e não se fica para trás quando precisamos de um som crunchy típico dos Humbuckers. O modelo ‘57 Classic Plus está desenhado especialmente para a posição da ponte. É uma cópia dos Humbuckers que a Gibson tinha nos anos cinquenta e que tinham mais voltas de fio na bobina. Este captador tem mais saída que o Classic ‘57 e ajuda mais facilmente a saturar os pré-amplificadores de válvulas.

490/498/500. Estes são os novos modelos produzidos pela Gibson procurando sons mais actuais. Os modelos 490R (braço) e 490T (ponte), também conhecidos como os “Modern
Vintage” são baseados no Classic ‘57, mas com a resposta de frequências media-altas mais pronunciada. O modelo 498T (“Hot Alnico”) usa um imã de alnico especial para alcançar níveis mais elevados de saída e uma resposta de frequência que destaca os médio-graves e aguça os agudos. Tem um som muito rock, desenhado especialmente para usar na ponte. Os outros dois modelos de Gibson procuram níveis de saída ainda mais altos: o 496R “Hot Ceramic” é um captador concebido para a posição do braço, o ímã cerâmico faz com que o nível de saída seja muito elevado, com muitos agudos, e em geral, um som muito bem definido.
Finalmente, o 500T “Super Ceramic” é o captador com mais saída produzido pela Gibson e conhecido pela sua potência em graves e por ter uns agudos claros e cristalinos.


FENDER:
Fender sempre foi caracterizado pelos seus captadores single coil, mas no seu catálogo incluem um par de humbuckers. Um deles é uma versão especial do
Seymour Duncan Pearly Gates concebido especialmente para a Fender e o outro é um Pickup com um som mais clássico: O Tex-Mex.
Tex-Mex Humbucker. Este captador de bobina dupla foi desenhado para emular a tonalidade clássica dos Humbuckers dos anos cinquenta. Eles são feitos com ímãs
Alnico 5 e reforçados com um ímã cerâmico para aumentar a capacidade de resposta das cordas e o Nível de saída, procurando esse som do Texas que hoje está tão na moda. A distância entre os pólos é adequada para os modelos da American Standard e Vintage Fender na posição
ponte.

RIO GRANDE:
Do fundo do coração do Texas (E.U.A.) nos chegam estes surpreendentes Pickups. Rio Grande se especializou desde o seu início na produção de Pickups single coil para Guitarras Fender Stratocaster, mas agora também fabrica Pickups para guitarras Telecaster ou Gibson. Guitarristas como Stevie Ray Vaughan e Eric Johnson têm usado Pickups Rio Grande. A sua tonalidade forte, clareza e punch fizeram deles os favoritos de muitas estrelas Rock.
Texas Genuine. Esta peça da Rio Grande é baseada nos sons clássicos dos fifties. Tem muitos níveis de saída e é muito rica em harmónicos. Diminuindo o volume de
da guitarra, a “Genuine Texas ‘nos dá um som limpo com uns graves bruscos e uns agudos cristalinos. Ideal para tocar Fusion, Boogie e Blues.

EMG:
Esta é outra empresa que ficou conhecida dentro do mundo do Heavy Metal. A EMG tem 2 Humbuckers que são verdadeiros clássicos.
EMG 81 e EMG 85. O 81 é considerado para Lead (na Ponte) enquanto o 85 é Rhythm (braço). Ambos têm uma saída super-potente (dado que são activos, e sem dúvida possuem um som demasiado limpo, agressivo e contundente. É sem dúvida um dos pares mais populares de todos os tempos (juntamente com o JB e Jazz)


 





Truques para melhorar o som de uma Guitarra



 Existem operações que podem ser feitas em qualquer guitarra para poder melhorar o seu som. Muitas delas são simples e não requerem muito tempo. Algumas delas já foram discutidas  anteriormente no nosso blogue (e fazem parte do nosso repertório de serviços) Outras  são tão simples, que muitas vezes até são esquecidas.

  • Se tens uma guitarra com a cavidade posterior (onde vai o trémolo), esta costuma estar tapada por uma tampa e apertada por 6 parafusos. Pois retira essa tampa! Segundo muitas pessoas é impressionante como o som melhora fazendo esta operação.
  • Toma cuidado com todos os parafusos que tem a tua guitarra. Eles devem estar bem apertados para ter o melhor som possível, especialmente em áreas vitais, como a ponte, o braço e os carrilhões.
  • Se a tua guitarra tem um trémolo ou um Floyd Rose, que não usas para nada, então bloqueia-o com um bloco de madeira. Esta operação faz incrementar o sustain e o ataque drasticamente.
  • Faz um Shielding à  tua guitarra. Isso elimina drasticamente os ruídos electromagnéticos.
  • Deixa a tua guitarra respirar: Queremos dizer com isto para retirar a pintura de toda zona que não seja visível. Uma área crítica e muito esquecida é debaixo da ponte das Strats e Teles.  Eric Johnson é um adepto desta técnica. Também se pode retirar de dentro das cavidades dos Pickups, do trémolo e por debaixo do pickguard.
  • Confirma a cablagem da tua guitarra. A maior parte das guitarras de baixa e média gama falham na cablagem. Compra cabos de qualidade e faz toda a instalação novamente. É inacreditável o que isto pode fazer pelo tom da vossa guitarra.
  • Se acharem necessário, substituam os Pickups da vossa guitarra, os potenciómetros por outros de melhor qualidade, e em especial o jack de saída; não há anda mais incómodo que os estalinhos que causa um jack frouxo.
  • Retirem o braço da vossa guitarra. Raspem a cavidade até eliminar sujidade e pintura. No fim, passem lixa fina até obter uma superfície lisa. Façam o mesmo com o braço. Apertem os parafusos bem, mas sem os partir!!
  • Mandem fazer um nivelamento aos vossos trastes. Não permitam que os trastes altos, ou baixos, estraguem a vossa diversão.
  • Troquem aquela pestana de plástico barato por uma de Osso ou grafite.
  • Por favor! Usem um cabo de boa qualidade para ligar a vossa guitarra até o amplificador. O barato sai caro, e no caso dos cabos baratos, também é ruidoso. Para além disso, utilizem apenas o tamanho necessário. Quanto mais comprido for o cabo, maior é a perda de agudos.

Potenciómetros. Linear ou Logarítmico? 250K ou 500k?


 

 Os potenciómetros são uma das partes mais comuns que se pode encontrar no sistema eléctrico de uma guitarra, seja ele activo ou passivo. Em palavras simples, um potenciómetro é uma resistência ajustável. Ou seja, com um potenciómetro podemos ajustar a resistência do circuito desde zero até o valor que o potenciómetro indica.


VALORES:

 Os valores mais comuns nas guitarras são 250K Ohm para sistemas de Single Coils  e 500K Ohm para Humbuckers. Para sistemas activos usamos outros valores, os mais comuns são os de 25K de EMG. Também há os pots de 1M mas hoje em dia quase ninguém utiliza este valor.
 O valor influencia no tom, dado que os pots adicionam uma carga ao circuito. Quanto mais alto for o valor, menor será o corte de agudos que eles produzem. Esta é a razão de porque os pots de 250K são tão populares para usar com Single Coils. Eles tem bastante resposta nos agudos, muitas vezes até são irritantes, e com o valor de 250K conseguimos uma melhor resposta.
Os Humbuckers, por sua vez, possuem menos agudos, e o corte tem de ser menos significativo. Dai que se use o valor de 500K.
 Se realmente o que se deseja é um som agudo, estridente e cortante; recomendamos um valor de 1M.
Agora, uma das dúvidas que mais se apresenta a quem deseja incluir Single Coils e Humbucker no mesmo circuito; Qual potenciómetro devemos escolher? Simples…decidam por vocês próprios. Se escolherem um pot de 500K, já sabem que vão ter uns Single Coils mais brilhantes; Se escolherem um Pot de 250k, o vosso Humbucker será mais abafado.


LINEAR OU LOGARITMICO?:

 Os Potenciómetros são divididos em dois géneros: Os Lineares e os Áudio (ou logarítmicos) Antigamente os potenciómetros de Áudio eram marcados com um A, enquanto os lineares tinham um B. Hoje em dia usa-se o sistema inverso. Para não haver margem de dúvidas, o melhor é agarrar no multímetro e medir o potenciómetro com o seu percurso no meio. Medimos as 2 extremidades. Se elas têm o mesmo valor, é um potenciómetro linear, se não, é um logarítmico.
 E agora, para que esta diferença? Simples, no caso do potenciómetro de volume é uma questão de gosto pessoal. O preferível é experimentar um e outro. Contudo, os potenciómetros lineares, usados como um sistema passivo de controlo de volume, assemelham-se um pouco a um interruptor On/Off. Os potenciómetros de Áudio são precisamente para evitar isto, mas os actuais tem um rácio de 80:20, sendo de facto um bocado desadequado. O Rácio ideal para usar numa guitarra seria o 60:40. Mas isto apenas se encontra em peças muito antigas. (diz-se que a Hamer produz Pot’s com um rácio de 65:35, sendo de facto uma boa escolha)
 Para o potenciómetro de Tom usem sempre um potenciómetro logaritmico (áudio) Senão será como usar um switch On/Off. Tenham sempre isto em mente! Contudo, o gosto pessoal prevalece sempre.




terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Conselhos para comprar uma guitarra.




 Muitas são as dúvidas que se apoderam dos novatos na hora de comprar uma guitarra. Às vezes torna-se intimidante entrar numa loja, dada a enorme oferta do mercado.
 Mas não desesperem! Aqui vos vamos deixar algumas dicas para que a vossa experiência seja a mais acertada possível, tanto em matéria de gostos como para que não seja dinheiro deitado fora.
 E lembrem-se, não esperem que sejam os outros a decidir por vocês. Uma guitarra é algo muito pessoal e quase intransmissível.


Estipulem um orçamento:

Até quanto podem gastar é a decisão mais importante. No obstante, sejam realistas. Caso não tenham dinheiro, o melhor será esperar.


Fujam dos packs de guitarra/amp/acessórios de menos de 150€:

 São absolutamente paus com cordas: Péssimos acabamentos; jamais conseguem ter uma boa afinação com eles; dificuldades para conseguir uma boa calibração do instrumento e um péssimo som. Se não se dispõe de dinheiro para tudo, então comprem aos poucos. Não caiam na asneira de comprar lixo por causa da impaciência. O barato sai caro.


Pesquisem na Internet:

 Procurem que tipos de guitarra gostariam; que usam os vossos guitarristas favoritos; que configuração de Pickups se adaptará mais aos vossos gostos. Deixem o formato e as cores para segundo plano. O mais importante é o som e a tocabilidade do instrumento.


Peçam conselho a um amigo ou alguém mais experiente:

 Não se acanhem, peçam uma segunda opinião. Aquele amigo que toca pra caraças ou um professor de guitarra sem dúvida aportará pormenores que serão valiosos na hora de escolher o vosso instrumento.


Evitem de comprar um instrumento às cegas:

 Eu sei que pode ser tentador comprar o vosso primeiro instrumento numa loja online no estrangeiro. Mas pode acontecer que este venha com algum defeito e seja mais difícil usar a garantia. Outro aspecto negativo é que pela internet só vemos fotografias. E criamos uma falsa expectativa; nos iludimos facilmente e compramos algo que não nos satisfaz. Se vão comprar pela internet, pelo menos tentem ver o modelo que pretendem em casa de um amigo, ou em seu defeito, numa loja (se bem que isto levanta um problema de ética)


O melhor é visitar uma loja de instrumentos musicais e experimentar:

 Peçam ao empregado da loja para ligar a guitarra a um amplificador semelhante ao que pretendeis comprar (ou que já têm em casa) Se vocês têm um practice amp de 10w não tentem comparar o som com um cabeço de 150w topo de gama!


Toquem com força!:

 No caso dos novatos, costumam evitar tocar a qualquer custo dentro duma loja, e se o fazem, é muito baixinho. É uma má opção. Para tirar partido da experiência devemos tocar com força na guitarra. O importante é ver se a guitarra tem bom som, não é para mostrar os vossos dotes.


Se não podem mexer, não comprem:

 Existem lojas que nos olham de soslaio quando pedimos para experimentar o instrumento. Uma guitarra não é uma peça que se compre apenas ao olhar para ela. Agradeçam e procurem outra loja.


Procurem falhas:

 Procurem tocar em todos os trastes da guitarra. Procurem notas mortas, buzzings, ruídos ao trocar o selector de pickups, golpes no verniz, empenamentos da madeira, e se as notas soam afinadas por toda a extensão do braço.


Usem a paciência:

 Não tenham pressa em comprar a guitarra no primeiro dia. A paciência é uma virtude que deve ser usada ha nora de comprar uma guitarra.